Museu no centro de Moscou expõe objetos, fotos e desenhos relacionados ao universo do erotismo.
Há seis meses foi inaugurado em Moscou o
primeiro museu erótico do país, único de todo o Leste Europeu. Com
oitocentos metros quadrados, o lugar abriga um espaço de exposições, um
bar e um imprescindível sex shop. A ideia, que surgiu como uma
provocação – ou, usando as mesmas palavras do diretor do museu, como
“uma ilha livre onde se expõe aquilo que é considerado tabu na Rússia”
–, seria, de certo modo, também produto de questões políticas: “Fazer
política aqui não é fácil. Atrevo-me a dizer que na Rússia isso quase
não existe, pois não há oposição. Por isso me voltei a outros assuntos”,
admite Aleksandr Donskoi, 41, empresário que hoje administra o museu.
“Em última análise, também é uma
forma de provocação” explica Donskoi. Na entrada, duas garotas se
aproximam da porta. “Cerca de 66% dos nossos visitantes são jovens de
idade entre 16 e 23 anos, e, na maioria das vezes, mulheres.”
As meninas começam a visita.
Observam Lênin e Stálin representados como ícones de Andy Warhol em
versão “ousada”. Elas param em frente à ilustrações japonesas do século
19 e miniaturas alemãs do início do século 20. São mais de três mil
objetos expostos, dos quais muitos são reproduções em madeira e
terracota, acompanhados por fotografias e vídeos. Contornando a sala,
estão expostas imagens de filmes franceses dos anos 30.
Entre as peças mais antigas figuram
objetos romanos que remontam aos séculos 1° e 2° d.C. Mas o recorde do
museu é ostentado por obras de silicone: “Temos as bonecas mais caras do
mundo”, afirma Donskoi, apontando três manequins. Uma delas custa 11
mil dólares. As peças mais bizarras foram doadas por um senhor que
durante anos escondeu uma coleção de caricaturas da época soviética.
“Dentro de pouco tempo morrerei e não quero que minha mulher encontre
esse tesouro”, disse ele ao ceder sua coleção de desenhos.
Fonte: http://www.atenasonline.com.br